Novo texto da classicista Alexandra Azevedo
Inaugurado a 20 de Junho passado, construído, em vidro e cimento a cerca de 300 metros da base da colina da Acrópole, e conservando in situ vários e significativos vestígios encontrados durante a construção, o Novo Museu da Acrópole faz jus à ancestralidade e glória ateniense.
"Não estava interessado em imitar o Partenon. O que queria era atingir um nível de perfeição semelhante, mas dentro dos parâmetros da arquitectura do meu tempo", declarou o arquitecto suíço Bernard Tschumi, responsável pelo projecto que contou com inúmeros desafios a ultrapassar, sabido o clima, o terreno sísmico e o traçado da moderna e populosa Atenas.
Esta construção permitiu que fossem devolvidos à cidade todos os símbolos da sua história que se encontravam espalhados por Itália, Alemanha e Estados Unidos, com a excepção do acervo conhecido por mármores de Elgin, que desde há 200 anos é pertença do British Museum.
Como se sabe, este acervo é responsável por um longo e cerrado contencioso entre Londres e Atenas, tendo Atenas hoje mais esperança na sua recuperação, já que o novo Museu reúne excelentes condições logísticas e de conservação, fazendo cair por terra o argumento da superioridade de Londres a estes níveis. Se essa recuperação acontecer, o legado Ateniense volta para próximo do Parténon, o mais antigo e importante monumento europeu.
Para visitar o museu, o leitor pode clicar aqui. E para ver o belíssimo filme da sua inauguração clique aqui.
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